domingo, 15 de março de 2015

O uso de cães-bomba na 2º Guerra Mundial


Curiosidades em Guerra


IX - Os Cães de Pavlov



O cão é o melhor amigo do homem, isso todos sabemos, mas na 2ª Grande Guerra durante a Operação Barbarrosa que foi o cerco alemão a Stalingrado - em 1941 - os seres humanos nem sempre corresponderam a eles, não só com o abuso e negligência, mas o nosso engenho destrutivo usou de forma grotesca dos pobres animais.








Desde o início do século o cientista russo Ivan Pavlov já estudava o Reflexo Condicionado utilizando cães e ao perceber que só a domesticação não era suficiente contra os alemães pois não enfrentavam apenas soldados mas também os tanques (Panzers, em maioria) que avançavam sobre o território russo, começaram a colocar em prática técnicas nada comuns para se abater esses veículos blindados.



Pavlov e um de seus cães em estudo.


Em seu treinamento, os cães eram alimentados sob um tanque por semanas para associar a aparência do elemento para o fato de que ali encontrariam alimento. Dias antes de liberá-los na batalha eles eram privados de comida e os deixavam ir na frente em linha reta em direção aos tanques inimigos.



Associado ao adestramento, desenvolveu-se um mecanismo de ativação de explosivos. Os  cães tinham, alocadas em suas costas, alavancas de ativação dos explosivos, para que quando eles entrassem debaixo do tanque em busca de carne, a alavanca ativasse a carga de explosivos e neutralizasse o tanque, mandando claro, o pobre cão para a morte.



Esses esquadrões de cães-bomba ficaram conhecidos na história como os Cães de Pavlov.



Às vezes acidentes aconteciam e os cães em vez de correrem em direção aos panzers corriam direto aos tanques russos, isso devido ao seu faro apurado que faziam-nos confundir os combustíveis já que os tanques russos ( T-34, em maioria) utilizavam diesel como combustível, diferente dos alemães, que utilizavam gasolina. 
Mas a busca por alimento sob os tanques era o maior apelo que os cachorros seguiam e ao entrarem entre as esteiras, a alavanca dobrava e explodia tanto o cão quanto o blindado (as cargas de explosivos eram altas, para dar conta de tanques com blindagens fortes).

O exército russo afirma que cerca de 300 tanques alemães foram destruídos dessa forma.





Fontes consultadas História ilustrada e Mistérios.co