domingo, 19 de outubro de 2014

O Custo do BNDES

Direto do site Spotiniks


20 OBRAS QUE O BNDES FINANCIOU EM OUTROS PAÍSES
Como estes existem mais de 3.000 empréstimos concedidos pelo BNDES no período de 2009 a 2014. A seleção dos recebedores destes investimentos, porém, segue incerta.

Não é novidade para ninguém que o Brasil tem um problema grave de infraestrutura. Diante dessa questão, o que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) faz? Financia portos, estradas e ferrovias – não exatamente no Brasil, mas em diversos países ao redor do mundo.




Desde que Guido Mantega deixou a presidência do BNDES, em 2006, e se tornou Ministro da Fazenda, em 2006, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social tornou-se peça chave no modelo de desenvolvimento proposto pelo governo.

Desde então, o total de empréstimos do Tesouro ao BNDES saltou de R$ 9,9 bilhões — 0,4% do PIB — para R$ 414 bilhões — 8,4% do PIB.

Alguns desses empréstimos, aqueles destinados a financiar atividades de empresas brasileiras no exterior, eram considerados secretos pelo banco. Só foram revelados porque o Ministério Público Federal pediu na justiça a liberação dessas informações.




 Em agosto, o juiz Adverci Mendes de Abreu, da 20.ª Vara Federal de Brasília, considerou que a divulgação dos dados de operações com empresas privadas “não viola os princípios que garantem o sigilo fiscal e bancário” dos envolvidos. A partir dessa decisão, o BNDES é obrigado a fornecer dados sobre que o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) solicitarem.

Descobriu-se assim uma lista com mais de 2.000 empréstimos concedidos pelo banco desde 1998 para construção de usinas, portos, rodovias e aeroportos no exterior.

Quem defende o financiamento de empresas brasileiras no exterior argumenta que a prática não é exclusiva do Brasil. Também ocorre na China, Espanha ou Estados Unidos por exemplo. O BNDES alega também que os valores destinados a essa modalidade de financiamento correspondem a cerca de 2% do total de empréstimos, e que os valores são destinados a empresas brasileiras (empreiteiras em sua maioria), e não aos governos estrangeiros.


A seleção dos recebedores destes investimentos, porém, segue incerta: ninguém sabe quais critérios o BNDES usa para escolher os agraciados pelos empréstimos. Boa parte das obras financiadas ocorre em países pouco expressivos para o Brasil em termos de relações comerciais, o que leva a suspeita de caráter político na escolha.

Outra questão polêmica são os juros abaixo do mercado que o banco concede às empresas. Ao subsidiar os empréstimos, o BNDES funciona como um Bolsa Família ao contrário, um motor de desigualdade: tira dos pobres para dar aos ricos.



Ou melhor, capta dinheiro emitindo títulos públicos, com base na taxa Selic (11% ao ano), e empresta a 6%. Isso significa que ele arca com 5% de todo o dinheiro emprestado. Dos R$ 414 bilhões emprestados este ano, R$ 20,7 bilhões são pagos pelo banco. É um valor similar aos R$ 25 bilhões gastos pelo governo no Bolsa Família, que atinge 36 milhões de brasileiros.



I - Porto de Mariel/CUBA


Valor da obra – US$ 957 milhões 
(US$ 682 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht

II - Hidrelétrica de San Francisco (Equador)


Valor da obra – US$ 243 milhões

Empresa responsável – Odebrecht



Após a conclusão da obra, o governo equatoriano questionou a empresa brasileira sobre defeitos apresentados pela planta. A Odebrecht foi expulsa do Equador e o presidente equatoriano ameaçou dar calote no BNDES.


III- Hidrelétrica Manduriacu (Equador)


Valor da obra – US$ 124,8 milhões
 (US$ 90 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht

Após 3 anos, os dois países ‘reatam relações’, e apesar da ameaça de calote, o Brasil concede novo empréstimo ao Equador.

IV- Hidrelétrica de Chagila (Peru)


Valor da obra – US$ 1,2 bilhões 
(US$ 320 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht

V- Metrô Cidade do Panamá (Panamá)


Valor da obra – US$ 1,0 bilhões 
Empresa responsável – Odebrecht

VI- Autopista Madden-Colón (Panamá)


Valor da obra – US$ 152,8 milhões
Empresa responsável – Odebrecht

VII- Aqueduto de Chaco (Argentina)


Valor da obra – US$ 180 milhões do BNDES
Empresa responsável – OAS

VIII- Soterramento do Ferrocarril Sarmiento(Argentina)


Valor da obra – US$ 1,5 bilhão do BNDES
Empresa responsável – Odebrecht

IX- Linhas 3 e 4 do Metrô de Caracas (Venezuela)


Valor da obra – US$ 732 milhões
Empresa responsável – Odebrecht

X- 2ª ponte sobre o Rio Orinoco (Venezuela)



Valor da obra – US$ 1,2 bilhões
(US$ 300 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht

XI- Barragem de Muamba Major (Moçambique)


Valor da obra – US$ 460 milhões
(US$ 350 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Andrade Gutierrez

XII- Aeroporto de Nacala (Moçambique)


Valor da obra – US$ 200 milhões
(US$ 125 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht


XIII- BRT da capital Maputo (Moçambique)


Valor da obra – US$ 220 milhões
(US$ 180 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Odebrecht


XIV - Hidrelétrica de Tumarin (Nicarágua)


Valor da obra – US$ 1,1 bilhões
(US$ 343 milhões por parte do BNDES)
Empresa responsável – Queiróz Galvão
*A Eletrobrás participa do consórcio que irá gerir a hidroelétrica

XV - Projeto Bacia El Norte - Rurrenabaque-El Chorro (Bolívia)


Valor da obra – US$ 189 milhóes
Empresa responsável – Queiróz Galvão

XVI - Exportação de 27 ônibus (Colômbia)


Valor da obra – US$ 26,8 milhões
Empresa responsável – San Marino

XVII - Exportação de 20 aviões (Argentina)


Valor da obra – US$ 595 milhões
Empresa responsável – Embraer


XVIII - Abastecimento de água de Lima (Peru)
Projeto Bayovar
Valor da obra – não informado
Empresa responsável – Andrade Gutierres

XIX - Renovação da rede de gasodutos de Montevidèu (Uruguai)


Valor da obra – não informado
Empresa responsável – OAS

XX - Via expressa Luanda/Kifangondo


Valor da obra – não informado
Empresa responsável – Queiróz Galvão


Como estes existem mais de 3000 empréstimos concedidos pelo BNDES no período de 2009-2014. 

Conforme mencionado acima, o banco não fornece os valores… Ainda.

O Pilórdia gostaria de saber:

1.Será que se a Polícia Federal fizesse uma Operação Farra no Exterior encontraríamos um Paulo Roberto Costa no BNDES? 

Afinal as empreiteiras beneficiadas são as mesmas do Petrolão! 

2.E quem indicou os diretores dessa instituição?  Quem sabe não seria descoberto alguns percentuais "distributivos"?